O coordenador do Mestrado em Ciências da Religião e integrante do Comitê de Ética em Pesquisa da Católica, Gilbraz de Souza Aragão, participou do III Simcbio apresentando uma palestra sobre os “Aspectos Éticos em Pesquisas envolvendo Seres Humanos”, na noite de quinta-feira (26).
Após motivar a platéia com o (mau) exemplo da devolução de amostras de sangue dos índios ianomâmis por pesquisadores americanos que não respeitaram o protocolo ético, o professor dividiu sua palestra em duas partes: primeiro analisou como o aluno/pesquisador pode ser ético fazendo um trabalho que envolve o ser humano; e como o Comitê de Ética avalia um projeto de pesquisa.
Mostrou desde como estruturar um projeto de coleta de dados com seres humanos, aos métodos utilizados para sistematizar e analisar pesquisas, pois não podem existir discriminações na seleção dos indivíduos, nem a sua exposição a riscos desnecessários. “A pesquisa não deve servir só ao meio acadêmico, ela deve trazer melhorias e benefícios para a vida das pessoas”.
Lembrou também que o objetivo maior da avaliação ética de projetos de pesquisa é garantir três princípios básicos: a beneficência, o respeito à pessoa e a justiça. Nesta garantia devem ser incluídas todas as pessoas que possam vir a ter alguma relação com a pesquisa, seja o sujeito da pesquisa, o pesquisador, o trabalhador das áreas onde a mesma se desenvolve e, em última análise, a sociedade como um todo.
Finalizou dizendo que para ser ético o pesquisador tem que ter sensibilidade. De nada valem as regras, se ele não for sensível ao que acontece ao seu redor. ”O pesquisador tem que ter coração, precisa sentir as pessoas em sua capacidade completa. Não precisa ser religioso nem nada, mas precisa ter essa sensibilidade, um pouco de mística, de respeito pelo mistério da vida”, ressaltou.
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