RAIMUNDO LÚLIO

CONGRESSO INTERNACIONAL sobre a INTERCULTURALIDADE em torno do pensamento de RAMON LLULL

São Paulo, 20 a 22 de setembro de 2010
Local: Auditório do Instituto Internacional de Ciências Sociais
Rua Maestro Cardim, 370 - Bela Vista (Metrô São Joaquim)
CEP: 01323-000 - São Paulo - SP - Brasil - Tel geral: ++ 55 11 2104-0100/01/02

Estudiosos de todo o mundo discutem em São Paulo a atualidade do pensador catalão Raimundo Lúlio (Ramon Llull). Ele propôs na Idade Média a unificação de todos os saberes e culturas. Antecipava-se assim uma das questões cruciais das modernas sociedades livres: a transferência de cultura de um grupo para outro. E a abertura de todos os povos para acolher a diversidade cultural.

A convivência com pessoas, tradições e instituições de outras culturas é um fato irreversível. Acelerou-se nas últimas décadas e continua colocando indivíduos e governos frente a situações novas que, sem um retorno a uma reflexão profunda sobre alguns conceitos, dificilmente serão bem resolvidas. O II Congresso Internacional de Interculturalidade, em São Paulo, a exemplo do de Andorra, que em 2009 sediou o primeiro bloco de debates, discutirá situações problemáticas em várias regiões do planeta:

. esquecimento dos fatores que definem a identidade cultural;
. concentração de religiões num mesmo território;
. consequências da laicização crescente em algumas partes do planeta; em outras, a questão do fundamentalismo religioso;
. necessidade de reaprender a dialogar e tolerar.

Raimundo Lúlio é tido como o Patriarca do diálogo inter-religioso. Nasceu em Palma de Maiorca, no caldeamento das culturas judaica, cristã e muçulmana. Foi, em sua época, o único escritor cristão do Ocidente que dirigiu mais da metade de sua obra para um público islâmico. Escreveu 280 livros, inclusive a Arte Magna, um sistema científico que unifica todos os saberes. Introduziu no pensamento europeu comportamentos e argumentos, por exemplo, escrever em vernáculo sobre temas filosóficos e teológicos. Sugeriu a criação de uma Sociedade das Nações, e defendeu o direito de autodeterminação dos povos.

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