O Morro foi povoado por gente humilde e desabrigada das regiões ribeirinhas da cidade do Recife. A Festa no Morro teve origem a partir da comemoração do cinqüentenário do dogma da Imaculada Conceição, em 1904. Nessa época, o bispo católico mandou construir ali uma capela em estilo gótico (hoje modernizada) e nela colocou a imagem da Virgem da Conceição: Maria vestida de branco, envolvida em um manto azul, de pé sobre o globo terrestre, com as mãos unidas em oração, esmagando com os pés uma serpente, símbolo do pecado original.
Já a iconografia de Iemanjá, que se mistura às réplicas da santa do Morro nos tabuleiros dos vendedores de imagens, lembra a orixá (personificação das forças da natureza, ligada às águas) que veio da cultura nagô-iorubá, da África, para o Xangô dos Terreiros do Recife. Recebeu uma mão de tinta branca e um vestido azul para se parecer com a santa católica e sobreviver à perseguição contra os negros e as suas crenças, e continuar a distribuir seu "axé". Na noite do dia 7 muitas caravanas vão dar voltas em torno da santa do Morro, com as "panelas" de oferendas que serão deixadas para Iemanjá, com toques de tambores e banhos de purificação, nas praias de Rio Doce em Olinda, Piedade em Jaboatão e 2º Jardim de Boa Viagem no Recife.
Em meio a esse sincretismo, segue a programação oficial: todos os dias, até a sexta-feira (7), estão sendo celebradas missas diárias (7, 9, 11, 14, 16 e 19h) e rezas do terço e do ofício, às 17h30. A última liturgia de cada dia conta com religiosos católicos vindos de vários locais do Nordeste. A programação cultural começa às 20h30 e tem como destaque Zé Vicente na quinta (6) e Doidim de Deus na sexta (7). No sábado (8), que é feriado no Recife, a procissão de encerramento sairá do Marco Zero, no Centro, às 15h, percorrendo oito quilômetros pela Avenida Norte, até o Morro da Conceição. A missa solene começa às 18h e será presidida por Dom Fernando Saburido, arcebispo de Olinda e Recife.
Já a iconografia de Iemanjá, que se mistura às réplicas da santa do Morro nos tabuleiros dos vendedores de imagens, lembra a orixá (personificação das forças da natureza, ligada às águas) que veio da cultura nagô-iorubá, da África, para o Xangô dos Terreiros do Recife. Recebeu uma mão de tinta branca e um vestido azul para se parecer com a santa católica e sobreviver à perseguição contra os negros e as suas crenças, e continuar a distribuir seu "axé". Na noite do dia 7 muitas caravanas vão dar voltas em torno da santa do Morro, com as "panelas" de oferendas que serão deixadas para Iemanjá, com toques de tambores e banhos de purificação, nas praias de Rio Doce em Olinda, Piedade em Jaboatão e 2º Jardim de Boa Viagem no Recife.
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Veja aqui caderno especial de jornal sobre A Fé no Morro.
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