Esses dias recebemos, com o maior prazer, no Mestrado em Ciências da Religião da UNICAP, a visita de Ceiça Almeida (Maria da Conceição Xavier de Almeida), trazida de Natal-RN pelas mãos da sua discípula e também estudante do nosso Mestrado, Josineide Oliveira. Ceiça nos presenteou com o livro (que está disponibilizado abaixo) dos 20 anos do GRECOM, Grupo de Estudos da Complexidade, que ela mantém na Universidade Federal do Rio Grande do Norte – e que é responsável pelas muitas vindas de Edgar Morin ao Nordeste brasileiro (veja aqui uma apresentação dele pela nossa amiga). O prazer de rever Ceiça, coautora do famoso "Educação e complexidade" e autora do recente "Complexidade, saberes científicos, saberes da tradição" (veja abaixo), além de se justificar pela sua personalidade imantada de energia telúrica, deve-se igualmente ao fato de que compartilhamos sonhos teóricos sintonizados: vai fazer 7 anos que começamos um Grupo de Estudos sobre Transdisciplinaridade e Diálogo na Universidade Católica de Pernambuco – e a Transdisciplinaridade, inspirada em Basarab Nicolescu, é a principal metodologia do Pensamento Complexo principiado por Morin e trabalhado, entre outros lugares do mundo, no GRECOM.
A epistemologia da complexidade estuda os sistemas complexos e fenômenos associados. Edgar Morin, antropólogo e pensador francês, é considerado o fundador dessa teoria do conhecimento, especialmente pela sua série de seis livros sobre "O Método". Para Morin, a ciência moderna, na busca de sua autonomia em relação ao pensamento religioso, acabou por separar-se em vez de apenas distinguir-se da filosofia, das artes e da política. A ciência de base quantitativa se sobrepôs então às diversas formas de conhecimento, inclusive porque favorecia interesses das classes burguesas, possibilitando a transformação da natureza em produtos pela tecnociênica, o controle social dos Estados nacionais a partir do conhecimento estatístico.
A extensão dos critérios das ciências naturais às ciências sociais levou à formação de um grande paradigma ocidental, que procede por separação e redução. Mas a física subatômica introduziu incertezas quanto aos limites do reducionismo, a fenomenologia mostrou as insuficiências da pretensão de se captar uma realidade "objetiva" independente do olhar e dos pressupostos do pesquisador. Em meados do século XX as ciências da terra, a ecologia, a cosmologia, começaram a buscar um conhecimento transdisciplinar, baseando-se na compreensão não linear de diversos níveis da realidade, na inclusão de um Terceiro elemento para além das contradições. Emergiu assim o pensamento complexo ou paradigma da complexidade, propondo uma democracia cognitiva, o diálogo entre as diversas formas de conhecimento.
saiba mais aqui sobre este livro de Ceiça |
Para saber mais sobre o assunto:
Textos introdutórios sobre Complexidade e Transdisciplinaridade
Matéria sobre Complexidade e diálogo ciência-religião
Artigo A lógica contemporânea e a transdisciplinaridade
Postagem sobre Tradisciplinaridade e religião
Reflexão sobre Novos métodos em Ciências da Religião
Apresentação sobre Espiritualidade no Simpósio Transdisciplinar de Pernambuco
Conferência sobre Os sete saberes
Textos introdutórios sobre Complexidade e Transdisciplinaridade
Matéria sobre Complexidade e diálogo ciência-religião
Artigo A lógica contemporânea e a transdisciplinaridade
Postagem sobre Tradisciplinaridade e religião
Reflexão sobre Novos métodos em Ciências da Religião
Apresentação sobre Espiritualidade no Simpósio Transdisciplinar de Pernambuco
Conferência sobre Os sete saberes
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pela sua participação!