3 de out. de 2010
TRANSDISCIPLINARIDADE, EDUCAÇÃO, ESPIRITUALIDADE
Neste sábado, dia 2, aconteceu no Centro de Convenções o I Simpósio Transdisciplinar de Pernambuco, com o tema Educação Escolar e Transdisciplinaridade. Foi um dia inteiro dedicado a discussões de temas educacionais contemporâneos à luz da transdisciplinaridade. Trata-se de uma abordagem científica que visa a unidade do conhecimento. Dessa forma, procura estimular uma nova compreensão da realidade articulando elementos que passam entre, além e através das disciplinas. A transdisciplinaridade busca uma compreensão complexa da realidade, considerando a diversidade dos seus níveis e desenvolvendo uma lógica do "terceiro incluído".
A abordagem educacional transdisciplinar visa consolidar a compreensão de que o processo de aprendizagem implica o acontecimento amoroso do encontro humano dialógico, que também se realiza na vivência afetiva da arte de aprender (ou da arte de autoconhecer-se) e da arte de fazer-aprender a ver, a ouvir, a conviver, a falar, a sentir, a pensar, a respeitar, a dialogar, a relacionar, a ler, a escrever, a conhecer, a agir, a sonhar, a silenciar, a amar, a viver, a morrer e a ser. Essa abordagem foi apontada na palestra de Américo Sommerman, sobre Educação Escolar e Transdisciplinaridade, e desenvolvida depois nos minicursos: Educação escolar e bullyng, Educação escolar e corporeidade, Educação escolar e questões inclusivas, Educação escolar e multiculturalidade, Educação e espiritualidade: diálogos.
Esta temática da Educação e espiritualidade ficou a cargo do Grupo de Estudos sobre diálogo inter-religioso e transdisciplinaridade, coordenado pelo prof. Gilbraz Aragão no Mestrado em Ciências da Religião da UNICAP. Diversos membros do Grupo expuseram as suas pesquisas (ver apresentação acima) em torno de uma espiritualidade transreligiosa, que parte da experiência do sagrado e por isso não contradiz nenhuma tradição religiosa e envolve até as correntes atéias. Trata-se, ao mesmo tempo, de favorecer a educação escolar para os valores humanos, pela interpretação dos símbolos guardados nas tradições religiosas; e de favorecer o diálogo inter-religioso, pela percepção de uma experiência comum, entre e para além das religiões.
Afinal, se as oito mil disciplinas precisam se comunicar na academia, em vista da comum missão de compreender – e salvar – os fenômenos da vida, as dez mil religiões contadas no planeta precisam se entender um pouco sobre o significado da salvação que pregam. Para tratar dessas questões, o Grupo de Estudos da UNICAP reúne-se sempre nas quartas-feiras, às 17h, no Laboratório do Mestrado (7º andar do Bloco G4) e é aberto à participação gratuita de estudantes de graduação e de pós.
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