Por Tiago Cisneiros, para o Boletim UNICAP
O teólogo francês Claude Geffré participou, nesta sexta-feira (13), de encontro com professores da Universidade Católica de Pernambuco. A reunião aconteceu às 15h, no Espaço Receptivo da Unicap (primeiro andar do bloco G).
O coordenador do curso de Teologia, Cláudio Vianney, e o Padre Jacques Trudel, da Ouvidoria Comunitária da Católica, traduziram o diálogo entre Claude Geffré e os professores de Teologia e do Mestrado em Ciências da Religião. Na pauta do encontro, considerações sobre a palestra “Revelação diante do pluralismo religioso”, realizada, nesta quinta-feira (12), no auditório do CTCH (Centro de Teologia e Ciências Humanas) da Unicap.
Para Cláudio Vianney, a presença de Claude Geffré é “de uma importância imensa”. “Ele é um dos maiores teólogos do século 20 e da atualidade. Nesta viagem ao Brasil, passou, apenas, por São Paulo e Recife”.
Após a apresentação individual dos professores, Claude Geffré tratou do ensino religioso. “Percebo que, aqui, os professores são mais voltados para os estudos das Ciências da Religião do que para a própria Teologia. Isso é uma tendência geral; na Europa, também, é assim”, avaliou. “Antes, se via como impossível que um teólogo assumisse essa postura, porque ele não teria o rigor científico necessário”.
O diálogo inter-religioso, um dos principais pontos discutidos por Claude Geffré, também foi tema do debate. “A abertura que, hoje, há entre católicos e cristãos não existe em outras religiões. Espero bons frutos desse diálogo no futuro, mas, atualmente, se observa que o cristão está perdendo sua identidade. Enquanto isso, seguidores de outras crenças se afirmam, por se manterem diferentes, distantes”, declarou o coordenador de Teologia, Claudio Vianney. Para Geffré, “o diálogo poderia crescer, se houvesse uma autoridade determinada, como o Papa, nas demais religiões”.
A postura cristocêntrica, diante do pluralismo religioso, de Claude Geffré foi objeto de perguntas e considerações no encontro. O teólogo francês enxerga, em Jesus Cristo, uma figura especial. Ao mesmo tempo, defende uma posição de respeito aos líderes e ideias das demais religiões. O seu cristocentrismo, portanto, é particular, já que declara ser imprópria a comparação de valor com as outras crenças.
Em resposta ao Reitor, Padre Pedro Rubens, quanto às possíveis contribuições do Brasil ao Cristianismo, Claude Geffré observou: “Existem dois pontos. Se olharmos pela quantidade de seguidores brasileiros, é óbvio que se trata de uma grande representação dentro do contingente de fiéis no mundo. Por outro lado, fica a dúvida: essa força do Cristianismo será conservada, mesmo com o atual processo de desenvolvimento pelo qual o país atravessa? Na Europa, a religião cristã foi enfraquecida, a partir do crescimento das nações”.
Ao término do encontro, o Reitor da Católica presenteou o teólogo com uma biografia de Dom Helder Câmara, que teria completado cem anos no último sábado. O livro, escrito em português, é a “oportunidade para Claude Geffré praticar essa língua que ele considera tão bonita, mas não sabe falar”, brincou o Padre Pedro Rubens.
O padre canadense Jacques Trudel, da Ouvidoria da Universidade Católica, chegou ao Brasil em 1960. Desde 1975, trabalha na Unicap. Já ocupou a chefia da Pastoral e foi professor do curso de Teologia. Sobre Claude Geffré, ele avalia: “É muito bom tê-lo aqui. Trata-se de um espírito avançado: questionador, mas sem abandonar sua fidelidade cristã, mesmo no diálogo inter-religioso”.
O coordenador do curso de Teologia, Cláudio Vianney, e o Padre Jacques Trudel, da Ouvidoria Comunitária da Católica, traduziram o diálogo entre Claude Geffré e os professores de Teologia e do Mestrado em Ciências da Religião. Na pauta do encontro, considerações sobre a palestra “Revelação diante do pluralismo religioso”, realizada, nesta quinta-feira (12), no auditório do CTCH (Centro de Teologia e Ciências Humanas) da Unicap.
Para Cláudio Vianney, a presença de Claude Geffré é “de uma importância imensa”. “Ele é um dos maiores teólogos do século 20 e da atualidade. Nesta viagem ao Brasil, passou, apenas, por São Paulo e Recife”.
Após a apresentação individual dos professores, Claude Geffré tratou do ensino religioso. “Percebo que, aqui, os professores são mais voltados para os estudos das Ciências da Religião do que para a própria Teologia. Isso é uma tendência geral; na Europa, também, é assim”, avaliou. “Antes, se via como impossível que um teólogo assumisse essa postura, porque ele não teria o rigor científico necessário”.
O diálogo inter-religioso, um dos principais pontos discutidos por Claude Geffré, também foi tema do debate. “A abertura que, hoje, há entre católicos e cristãos não existe em outras religiões. Espero bons frutos desse diálogo no futuro, mas, atualmente, se observa que o cristão está perdendo sua identidade. Enquanto isso, seguidores de outras crenças se afirmam, por se manterem diferentes, distantes”, declarou o coordenador de Teologia, Claudio Vianney. Para Geffré, “o diálogo poderia crescer, se houvesse uma autoridade determinada, como o Papa, nas demais religiões”.
A postura cristocêntrica, diante do pluralismo religioso, de Claude Geffré foi objeto de perguntas e considerações no encontro. O teólogo francês enxerga, em Jesus Cristo, uma figura especial. Ao mesmo tempo, defende uma posição de respeito aos líderes e ideias das demais religiões. O seu cristocentrismo, portanto, é particular, já que declara ser imprópria a comparação de valor com as outras crenças.
Em resposta ao Reitor, Padre Pedro Rubens, quanto às possíveis contribuições do Brasil ao Cristianismo, Claude Geffré observou: “Existem dois pontos. Se olharmos pela quantidade de seguidores brasileiros, é óbvio que se trata de uma grande representação dentro do contingente de fiéis no mundo. Por outro lado, fica a dúvida: essa força do Cristianismo será conservada, mesmo com o atual processo de desenvolvimento pelo qual o país atravessa? Na Europa, a religião cristã foi enfraquecida, a partir do crescimento das nações”.
Ao término do encontro, o Reitor da Católica presenteou o teólogo com uma biografia de Dom Helder Câmara, que teria completado cem anos no último sábado. O livro, escrito em português, é a “oportunidade para Claude Geffré praticar essa língua que ele considera tão bonita, mas não sabe falar”, brincou o Padre Pedro Rubens.
O padre canadense Jacques Trudel, da Ouvidoria da Universidade Católica, chegou ao Brasil em 1960. Desde 1975, trabalha na Unicap. Já ocupou a chefia da Pastoral e foi professor do curso de Teologia. Sobre Claude Geffré, ele avalia: “É muito bom tê-lo aqui. Trata-se de um espírito avançado: questionador, mas sem abandonar sua fidelidade cristã, mesmo no diálogo inter-religioso”.
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