Hoje, dia 21 de janeiro, é o Dia Nacional de Combate a Intolerância Religiosa. A data foi oficializada pela Lei nº 11.635, sancionada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 27 de dezembro de 2007. Essa data marca a morte de Gildásia dos Santos, a Mãe Gilda, ialorixá do terreiro Axé Abassá de Ogum. A líder religiosa morreu, em 21 de janeiro de 2000, numa situação de combate contra a intolerância religiosa praticada por evangélicos em seu templo, localizado no Abaeté, em Itapuã, na Bahia.
No ano passado, nessa data, era previsto o lançamento do Plano Nacional de Proteção à Liberdade Religiosa. Mas, para evitar atritos com evangélicos e católicos em ano eleitoral, a então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, mandou adiar o anúncio do Plano - o que até agora ainda está para acontecer (veja detalhes aqui no blog e veja o comentário "Nas escadarias da laicidade", da professora Roseli Fischmann, aqui nO Estado de S.Paulo). Este ano, em Salvador, para promover a reflexão sobre o tema estão acontecendo um Seminário Contra a Intolerância Religiosa e uma Caminhada em protesto pela morte de Mãe Gilda (veja aqui a programação).
Neste ano de 2011, também, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC) publicou uma mensagem na qual destaca que “o respeito às diferenças é fundamental”. No texto, o CONIC faz memória ao século XX, que foi banhado de sangue por causa da intolerância religiosa através de “guerras, conflitos religiosos, e o holocausto sofrido pelos judeus”.
Hoje, porém, no Brasil, frisa o texto, “os brasileiros se declaram praticantes de mais de 30 religiões diferentes. A diversidade é uma das nossas grandes riquezas e precisamos estimular na sociedade a convivência pacífica dentro das diferenças religiosas”, diz um trecho da mensagem. O CONIC completa afirmando que no Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, “somos chamados a colocar em prática o mandamento de Jesus de amar teu próximo como a ti mesmo”.
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