O 21 de janeiro é o Dia Mundial da Religião e, no Brasil, o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. A Lei 11.635, que institui a data, foi assinada pelo presidente Lula em 2007, como homenagem a Mãe Gilda, Sacerdotisa Afro-Religiosa de Salvador, que morreu de infarto por ter tido sua foto associada ao charlatanismo, sendo vítima de intolerância religiosa. Mãe Gilda faleceu no dia 21 de janeiro de 2000, aos 64 anos. Para marcar a data ontem, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República promoveu, no Memorial dos Povos Indígenas, em Brasília, uma celebração ecumênica com diversos segmentos religiosos.
Era previsto também, já no dia 20, o lançamento do Plano Nacional de Proteção à Liberdade Religiosa. Mas, para evitar atritos com evangélicos e católicos em ano eleitoral, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff mandou adiar o anúncio do Plano. O projeto, que prevê, entre outras coisas, a proteção às religiões originárias, minoritárias e discriminadas, a legalização fundiária dos imóveis ocupados por terreiros de umbanda e candomblé e até o tombamento de casas de culto, foi adiado de última hora sob alegação de que era preciso revisar aspectos jurídicos do texto.
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As tradições espirituais da humanidade são, ainda que inconsciente e contraditoriamente, as melhores guardiãs de um consenso mínimo entre os humanos acerca de um núcleo ético-mítico, de valores e sentidos, sem o qual não se poderá construir culturas de paz. As religiões são a melhor ligação à nossa origem e destino comuns, capazes de conscientizar projetos comunitários de convivência... Ou não?! Acho que só depende de como a gente faz a religião, do alcance da nossa re-ligação!
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