A Fundação Joaquim Nabuco promove, para convidados, a Oficina Diversidade Religiosa e Direitos Humanos, neste dia 19 de dezembro, das 09h às 17h, no campus Casa Forte da Fundação, na Sala Calouste Gulbenkian, à Av. Dezessete de Agosto, 2187, em Recife-PE. O evento promovido pela Fundaj, sob coordenação de Joanildo e Rosalira, com o apoio do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião da Unicap, do qual participarão os professores Gilbraz e Drance, além de estudantes e egressos (Constantino, Andréa, José Roberto, Paulo César e Karina), pretende ser ensaio de um projeto educativo que está sendo discutido com a Secretaria Nacional de Articulação Social e a Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos da Presidência da República (Alexandre Fonseca e Marga Stroher virão de Brasília para as respectivas representações), sobre a inserção e contribuição dos grupos religiosos em um diálogo nacional sobre diversidade religiosa e direitos humanos. Esse projeto contempla a realização de sete oficinas em capitais brasileiras de todas as regiões, culminando com um seminário de fechamento em Brasília, além de publicações, no período de dezembro de 2013 a novembro de 2014.
Nesta primeira atividade, teremos participantes dos estados de Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. A composição do grupo de convidados é de representantes de algumas das tradições religiosas presentes no país, ativistas sociais e operadores públicos de direitos humanos, além de acadêmicos. Os atores religiosos participantes corresponderão aos quatro principais grupos censitários, além de outros que se destacam regionalmente por sua representatividade censitária e/ou por sua relevância sociocultural. Em cada um dos grupos de trabalho, idealmente, se buscará ter posições de aprovação, reticentes ou contrárias à agenda atual dos direitos humanos, particularmente no que se refere à questão da diversidade religiosa e de temas polêmicos relativos à identidade de gênero e direitos sexuais e reprodutivos. Espera-se um máximo de 50 pessoas no evento, que não será aberto ao público. Os participantes serão pessoas com direto interesse ou envolvimento na temática, ou com experiência de acompanhamento ou pesquisa da mesma.
O modelo dessa atividade é o de uma oficina deliberativa, uma metodologia de discussão que permite aos participantes analisarem um problema (normalmente uma questão de relevância pública e polêmica) a fundo, expor-se a diferentes pontos de vista, experiências e concepções de mundo, e buscar definir ao menos uma agenda afirmativa de diálogo. Não é necessário preparar qualquer texto ou apresentação para o evento. As atividades demandarão apenas conhecimento de sua própria organização ou tradição religiosa e a disposição para participar de diferentes modalidades de diálogo. A metodologia não visa a obtenção de consenso a qualquer custo, mas deve conduzir a resultados concretos (na forma de recomendações a agentes públicos ou identificação de pontos sensíveis ou de uma agenda para atuação conjunta). A oficina no Recife deve facilitar a replicação dessa experiência em outras capitais brasileiras, colaborando para o trabalho de aprofundamento de nossa democracia, também quanto à vivência espiritual pluralista da gente.
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