Patriarca Bartolomeu |
Texto publicado no dia 17 de março, no Blog “Sétimo Céu”, do jornalista italiano Sandro Magister. A tradução é do professor do nosso Mestrado em Ciências da Religião, Luiz Carlos Luz Marques.
Nenhum dos líderes supremos das Igrejas Ortodoxas esteve presente à missa de inauguração do pontificado do Papa Bento XVI (em 2005). Participaram apenas seus delegados. Sobre o novo papa pesavam, então, os efeitos do gelo impresso às relações com o Oriente e, especialmente com a Rússia, pelo pontificado de João Paulo II.
Desta vez, ao contrário, graças aos frutos das ações ecumênicas de papa Joseph Ratzinger (que lhes pediu sugestões sobre como expressar o Primado do sucessor de Pedro em termos aceitáveis, no estilo da Igreja do primeiro milênio), virão a Roma, para a missa de terça-feira, 19 março, os chefes supremos de pelo menos duas Igrejas Ortodoxas, além dos delegados de todos as outras.
O primeiro será o Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu. Para entender a novidade desta sua presença, um sinal claro do desejo de comunhão com o novo bispo de Roma, basta pensar que esta é a primeira vez que isso acontece desde o cisma entre Roma e o Oriente, em 1054.
Junto com Bartolomeu virão a Roma o Metropolita de Pérgamo, Ioannis Zizioulas, co-presidente da Comissão mista para a unidade entre católicos e ortodoxos, o Metropolita ortodoxo da Argentina, Tarassios e o Metropolita para a Itália, Gennadios.
O segundo chefe supremo será o Metropolita Tikhon, chefe da Igreja Ortodoxa da América. O Patriarca de Moscou, Kirill, não virá a Roma. Mas estará presente o número dois da Igreja Ortodoxa Russa, o Metropolita Hilarion de Volokolamsk, resposável pelo seu departamento de relações externas.
O Metropolita Hilarion, após a eleição de Jorge Mario Bergoglio, enviou uma mensagem em que lhe reconhece o grande mérito de ter promovido o ecumenismo, na Argentina, e em particular em ter estabelecido “boas e frutuosas relações com a comunidade russa ortodoxa local”.
No Brasil, a missa de inauguração do pontificado de Francisco será transmitida pela Rede Globo e pelo canal pago Globonews
a partir das 4h45 (de Brasília). A Bandnews transmite a missa ao vivo a partir
das 5h30 (de Brasília).
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Continuando com gestos simbólicos, o papa Francisco determinou que sua missa inaugural, realizada na manhã desta terça-feira às 9h30 (5h30 de Brasília), seja simplificada e encurtada, além de escolher um anel de prata em vez de ouro. A cerimônia deve reunir dezenas de milhares de fiéis diante da basílica de São Pedro e terá a participação de 31 chefes de Estado, entre os quais a presidente Dilma Rousseff e o ditador do Zimbábue, Robert Mugabe. A principal mudança se refere ao abandono do latim para a leitura do Evangelho. A língua morta vinha sendo revalorizada pelo antecessor, o papa emérito Bento 16. Hoje, a leitura será apenas em grego, língua que simboliza a "unidade das igrejas do ocidente e do oriente", conforme explicou ontem o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi...
ResponderExcluirhttp://www1.folha.uol.com.br/mundo/1248258-papa-francisco-escolhe-anel-de-prata-e-fara-cerimonia-mais-curta-e-sem-latim.shtml
... Foi a primeira vez desde 1054 que o patriarca de Constantinopla assiste a entronização de um pontífice.
ResponderExcluir"A Igreja Católica é consciente da importância da amizade e do respeito entre os homens e mulheres das diferentes tradições religiosas", declarou o Papa.
Francisco também saudou os representantes das Igrejas protestantes ocidentais, ressaltando "a unidade entre todas as pessoas que creem em Cristo" e a necessidade de uma "leal colaboração" entre todas as confissões cristãs.
Líderes das comunidades judaica, muçulmana, budista, jain e sikh também estiveram presentes.
Em seu discurso, o Papa pediu "que não prevaleça uma visão humana que reduz o homem ao que produz e ao que consome"...
http://g1.globo.com/mundo/novo-papa-francisco/noticia/2013/03/papa-francisco-promete-seguir-dialogando-com-outras-religioes.html