21 de nov. de 2011

ENÉAS FOI FREVAR NO ALÉM

Enéas, em charge no seu Orkut
"Um gordo profundamente feliz, engraçado e interessante. Sou mais do que quis ser, tenho mais do que quis ter e fiz mais do que quis fazer. Vivo bem melhor do que mereço e em paz, com a graça de Deus e o amor da Virgem Maria".

Assim se descreveu Enéas Alvarez no seu perfil do Orkut. Ele foi Rei Momo no carnaval do Recife, mas também era jornalista e ator, poeta e escritor, além de bispo da Igreja Ortodoxa Siriana aqui em Olinda. Morreu hoje de madrugada, vítima de infarto. O velório está sendo na igreja ao lado de sua casa, na Praça Dantas Barreto, e o enterro será amanhã (dia 22), por volta das 15h, no Mausoléu da Associação de Imprensa de Pernambuco, no Cemitério de Santo Amaro, no Recife.

Enéas era um grande contador de histórias, além de profundo conhecedor de Teologia, História das Religiões e Filosofia. Foi amigo de Dom Helder Camara, arcebispo de Olinda e Recife. Foi também grande promotor do ecumenismo, tendo dirigido a Associação Fraterna de Igrejas Cristãs, seção regional do CONIC - de cuja Comissão Teológica também participou. Enéas matou a gente de rir na peça Um sábado em trinta, do Teatro de Amadores de Pernambuco; mas provocou crítica mordaz com os seus personagens nas peças O suplício de Frei Caneca e A ceia dos cardeais. Pernambuco perde um homem de peso na cultura e religiosidade, mas a festa carnavalesca do céu certamente anda mais animada!

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