Nesta quinta, 24 de novembro, o Recife comemorou, pelo quarto ano consecutivo, o Dia de Ação de Graças. Trata-se de um feriado criado nos Estados Unidos, e celebrado também no Canadá, para reunir a família, comer peru e agradecer a Deus pelos bons acontecimentos do ano. Teve início nas festas dos colonos ingleses, por ocasião das boas colheitas na América do Norte. Apesar da origem protestante da celebração, ela chegou ao Brasil através da influência de um católico de Pernambuco: o presidente Gaspar Dutra instituiu o Dia Nacional de Ação de Graças, através da lei 781, de 17 de agosto de 1949, por sugestão de um diplomata da terrinha.
A festa já foi pesquisada pelo Mestrado em Ciências da Religião da UNICAP (veja aqui) e tem a ver com o nosso Joaquim Nabuco. A ideia surgiu em 1909, após a celebração eucarística do Dia de Ação de Graças americano que ocorreu na Catedral de St. Patrick, em Nova York, na qual estava presente o corpo diplomático das Organizações dos Estados Americanos, OEA. Depois da missa, durante uma recepção oferecida pelo governo dos EUA a diplomatas de países americanos, o cardeal James Gibbons expressou o desejo de que todos os países da América compartilhassem a data. O então embaixador brasileiro nos EUA, Joaquim Nabuco, estava na festa e também gostou da ideia.
Ele enviou um telegrama ao Jornal do Commércio, do Rio de Janeiro, relatando as conversas, mas somente a partir de 1947 o Núcleo Noelista do Rio começou a promover a Ação de Graças no Brasil e fez chegar ao presidente do país a sugestão de Nabuco. Nas comemorações deste ano no Recife, que aconteceram no Marco Zero, a programação, iniciada às 18h, contou com apresentações de escolas de circo e grupos de dança, além de mensagens do arcebispo de Recife e Olinda, Dom Fernando Saburido, e do arcebispo da Igreja Episcopal Carismática, Paulo Garcia. Em seguida, foi a vez do show religioso de Almir Rouche, do cantor gospel Régis Danese e do padre-cantor Fábio de Melo.
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