Minarete é a torre de uma mesquita, local do qual o almuadem ou muezim anuncia as cinco chamadas diárias à oração dos muçulmanos. Os minaretes, que também recebem o nome de almádena, são normalmente bastante altos (na foto, o minarete da Mesquita Hassan II, no Marrocos).
Na medida em que representam um marco simbólico da presença islâmica, os minaretes por vezes despertaram oposição religiosa e política em países tradicionalmente não-islâmicos. Em 2007 políticos de direita suíços, do Partido Popular, anunciaram o lançamento de uma iniciativa visando a acrescentar uma cláusula na Constituição Suíça proibindo a construção de minaretes (porém não das mesquitas em si). Existem apenas quatro minaretes no país, mas, em novembro passado foi realizado um referendo, no qual 57% dos votantes declararam-se a favor da proibição dos minaretes no país.
O Partido Verde anunciou que vai recorrer contra a decisão no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, mas o Conselho Federal emitiu um comunicado informando que aceita o resultado e que, agora, fica proibido construir novos minaretes na Suíça. Há quem questione se esse modelo de paz religiosa não esconde um sentimento de medo e ignorância frente à alteridade religiosa e cultural, e mesmo uma « islamofobia » que mal se dissimula no mundo rico de hoje, tradicionalmente cristão.
O islã é a segunda força religiosa mundial, e a que tem crescimento mais substantivo: triplicou o número de fiéis entre 1960 e 2003 e chega a 20% da população do planeta (veja estatísticas religiosas em O atlas das religiões). A maior parte dos seus adeptos encontra-se na Ásia e África, mas espalharam-se também pela Europa « secularizada », sendo hoje a segunda maior religião na França, Alemanha e Inglaterra. Muitos jovens encontram na conversão ao islã, além de uma crença religiosa, um lugar de afirmação de dignidade e de construção da individualidade.
veja aqui (em francês, formato WindowsMedia) o debate na KtoTV.
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