A Corte Europeia de Direitos Humanos anunciou uma decisão histórica, neste 3 de novembro: mandou retirar os crucifixos das salas de aula da Itália. O motivo da decisão: a presença deles viola a liberdade dos pais de educarem os filhos como quiserem e a escolha religiosa dos próprios estudantes.
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A discussão teve início em 2002, quando uma italiana pediu ao colégio público de Padua, onde seus filhos estudavam, para retirar um crucifixo da parede. De nada adiantaram os apelos à escola e aos tribunais da Itália. Agora os juizes europeus estabeleceram que o governo deve pagar à mãe dos estudantes uma indenização de 50 mil euros, quase 150 mil reais, por danos morais. O Vaticano condenou a sentença e definiu a decisão da corte europeia como míope. O governo italiano já apresentou um recurso contra a decisão. Contudo, a discussão para retirada de símbolos religiosos das escolas avança também em Portugal e Espanha, a exemplo do que já ocorreu na França.
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Mas será que uma alternativa pedagógica não seria possível e desejável, frente ao pluralismo cultural que se globaliza em nossas cidades: do mesmo jeito que temos laboratório de informática e de linguagem, criarmos laboratório de religiosidade em nossos escolas... um quartinho onde os estudantes montam altares (com os símbolos sagrados) das suas religiões e, cada vez, convidam animadores das suas crenças para explicarem no que acreditam e por quais razões... e conversar sobre o sonho de uma ética e mística em comum?!
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