3 de mar. de 2009

MISSIONÁRIAS EM TEMPOS DE AI5

Universidade Católica de Pernambuco
Programa de Mestrado em Ciências da Religião
DEFESA DE DISSERTAÇÃO DA MESTRANDA
MARIA JEANE DOS SANTOS ALVES

TÍTULO:
MULHERES CONTRA O ARBÍTRIO:
AS MISSIONÁRIAS DE JESUS CRUCIFICADO E A ESCOLA DE SERVIÇO SOCIAL PADRE ANCHIETA EM MACEIÓ, EM TEMPOS DE AI5

DATA: 19/03/2009 (quinta-feira) às 9:00 horas no auditorio do G4

RESUMO: Esta pesquisa aborda, do ponto de vista das Ciências da Religião, o trabalho que a Congregação das Missionárias de Jesus Crucificado desenvolveu na Escola de Serviço Social Padre Anchieta de Maceió, desde sua criação, em 1957, até o momento em que a Escola foi incorporada à Universidade Federal de Alagoas, em 1972. Interessa-se pela tomada de uma posição sócio-política-educacional engajada, por parte de mulheres pertencentes a uma Congregação religiosa, no seio de uma Igreja, a Católica Romana, que passava por um significativo momento de renovação, em função do Concílio Vaticano II (1962-1965). Serão abordados, por suas implicações na criação e rumo da Escola: o momento social, político e eclesial do Estado de Alagoas, nas vésperas e na seqüência do golpe militar de Abril de 1964; a postura do arcebispo de Maceió, Dom Adelmo Cavalcanti Machado nesse contexto, e seu convite às Missionárias de Jesus Crucificado para que assumissem a direção da Escola; as características específicas dessa Congregação, que contribuíram para definir o rumo progressista que a Escola tomou, mesmo em condições adversas; a primeira direção, com Madre Zilda Galvão e principalmente, a administração de Madre Zely Perdigão Lopes, no período compreendido entre 1963 e 1972. Naquele momento histórico, em que a direita civil e militar valia-se do “medo do comunismo”, como principal arma publicitária, na busca de consenso para bloquear o crescimento de consciência e organização das camadas populares, quaisquer ações a favor delas passou a ser compreendida, e perseguida, como uma ação comunista. Em tal cenário, Madre Zely, e suas co-irmãs, transformaram a Escola em um espaço democrático de estudos, reuniões, debates, discussões e ações, numa atitude oposta ao que se esperava de mulheres “obedientes”, quando a própria hierarquia da Igreja de Maceió respaldava as ações repressivas do poder militar.
Palavras-chave: Evangelho, Gênero, Política, Cidadania, Repressão e Igreja.

BANCA:
Luiz Carlos L. Marques, Orientador – UNICAP
Nainôra Maria B. Freitas – CUBM
Ferdinand Azevedo – UNICAP

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