As religiões de matriz africana cultuam orixás, entre eles Ogun. A teologia yorubá tem por base o Oráculo de Orumilá (orixá do conhecimento), e esse diz que Ogun, orixá masculino, é filho de Yemanjá, como a maioria dos orixás. Inicialmente, orixá da agricultura, na África, mas também aquele que forja, que trabalha com o ferro, logo, é patrono da metalurgia. Foi ele quem abriu caminho para os demais orixás, na viagem orun[1] – ayiê[2].
Também por ser orixá do ferro, é considerado patrono da guerra: em seu oriki[3], há um trecho que declara: “Ogun tem água em casa, mas prefere banho de sangue”. Seu elemento é o mariwô[4], tipo de palmeira desfiada, tanto é que há um trecho de seu oriki que diz assim: “Ogun tem roupa em casa, mas prefere vestir o mariwô”. Sua coroa, diferente das elaborações européias, é claro, é o akorô, tem forma cônica, por sinal elemento de fundamento para o Candomblé, e possui 7 penas do rabo do galo, que para Ogun foi sacrificado.
Quanto à sua festa, é uma celebração aos orixás, com um diferencial: é oferecida uma feijoada numa esteira, com pão, inhame, e cada circunstante se alimenta (comunga com o orixá naquele momento). Cada orixá tem sua celebração específica, assim, por exemplo: Obaluaiê tem o Olubajé; Yemanjá e Oxun têm o Presente de Oxun e Yemanjá; a Alvorada de Oxossi; as Águas de Oxalá; Ogun tem a Feijoada de Ogun e assim vai. Em Goiana, é feito um Candomblé aos moldes dos demais. O babalorixá veste Ogun, ou um outro fiel e sai solenemente do pegy, às vezes outros orixás são vestidos e ao final é servido um lauto jantar.
Também por ser orixá do ferro, é considerado patrono da guerra: em seu oriki[3], há um trecho que declara: “Ogun tem água em casa, mas prefere banho de sangue”. Seu elemento é o mariwô[4], tipo de palmeira desfiada, tanto é que há um trecho de seu oriki que diz assim: “Ogun tem roupa em casa, mas prefere vestir o mariwô”. Sua coroa, diferente das elaborações européias, é claro, é o akorô, tem forma cônica, por sinal elemento de fundamento para o Candomblé, e possui 7 penas do rabo do galo, que para Ogun foi sacrificado.
Quanto à sua festa, é uma celebração aos orixás, com um diferencial: é oferecida uma feijoada numa esteira, com pão, inhame, e cada circunstante se alimenta (comunga com o orixá naquele momento). Cada orixá tem sua celebração específica, assim, por exemplo: Obaluaiê tem o Olubajé; Yemanjá e Oxun têm o Presente de Oxun e Yemanjá; a Alvorada de Oxossi; as Águas de Oxalá; Ogun tem a Feijoada de Ogun e assim vai. Em Goiana, é feito um Candomblé aos moldes dos demais. O babalorixá veste Ogun, ou um outro fiel e sai solenemente do pegy, às vezes outros orixás são vestidos e ao final é servido um lauto jantar.
[1] Imprecisamente traduzido por céu, é o local transcendental na cosmogonia yorubá, lá estão os orixás e os dobles dos seres humanos.
[2] A terra.
[3] Ori = cabeça e ki = saudar. Prece na qual está contida a narração mítica daquele orixá.
[4] Tipo de palmeira, na qual corre o axé de Ogun e evidentemente funciona repelente de egun (espírito de morto).
Crédito da Imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ogum
Candomblé de Ogun – Goiana – Pernambuco
Veja aqui as datas, horários e endereços:
Dia 04.04.2009 19 h. (Sábado) Ilê Axé Oyá Egunitá.
Rua Manoel Nascimento Torres, 62, Bairro Castelo Branco, Q. C Lote 03.
Após a ponte do rio Tracunhaém (BR 101), passando por baixo de uma passarela em construção, entra à esquerda (PE 75), após o Memorial Hospital de Goiana, entra à direita, na Rua do Arame, segue e entra na segunda entrada à esquerda, chegou na R. Manoel N. Torres. A oitava casa à direita, é a de Carmelo.
Dia 23.04.2009 19 h. (Quinta-Feira) Ilê Axé Ogun Toperinã.
Segunda Travessa da Rua Bom Jesus, 537 (Também conhecido por Beco da Gaia).
Após a ponte do rio Tracunhaém (BR 101), passando por baixo de uma passarela em construção, entra à esquerda (PE 75), em seguida, entra na segunda entrada à direita, segue e para na segunda entrada à direita (automóvel não entra). É a casa de Dedo.
Dia 30.04.2009 19 h. (Quinta-Feira) Ilê Axé Ogun Beira-Mar.
Bairro Bom Tempo, Q. H, n. 07 (De frente para o Bairro Alvorada).
Após a ponte do rio Tracunhaém (BR 101), passando por baixo de uma passarela em construção, segue em frente e entra na primeira entrada à direita e depois na segunda à direita. É a casa de Zé Carlos.
Informações: Mário Carmelo Barbosa dos Santos, Babalorixá,
Informações: Mário Carmelo Barbosa dos Santos, Babalorixá,
mestrando em Ciências da Religião na UNICAP
E-mail: carmeloxoroke@yahoo.com.br
Veja vídeo: http://www.unicap.br/observatorio/flv/candonble.htm
E-mail: carmeloxoroke@yahoo.com.br
Veja vídeo: http://www.unicap.br/observatorio/flv/candonble.htm
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