6 de set. de 2011

GRITO DOS EXCLUÍDOS

A 17ª edição do Gritos dos Excluídos vai ocorrer novamente neste 7 de setembro e terá como tema a defesa da vida humana e da natureza. Com o lema "Pela Vida Grita a Terra... Por Direitos, Todos Nós", movimentos sociais e pastorais sociais promovem manifestações em todo o país. A proposta desta edição é denunciar particularmente as catástrofes ambientais, consequência do desequilíbrio causado pelo modelo de produção vigente do sistema capitalista, a miséria e a probreza, a concentração de riquezas e exploração irresponsável dos recursos naturais.

Nacionalmente, o Grito dos Excluídos é uma iniciativa das Pastorais Sociais das Igrejas, de diversos movimentos sociais, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Ameaçados por Barragens (Moab), o Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo e a Campanha Jubileu Brasil.

A manifestação do Grito dos Excluídos continua tendo razão de ser porque o propalado aumento do poder aquisitivo da população não significa necessariamente garantia de direitos básicos. Segundo dados do último Censo do IBGE, a classe média (domicílios com renda per capita de 1 a 5 salários) não passa de 34,2% da população (Fonte: Brasil de Fato, nº 427). Os outros 66% estão na linha de miséria e pobreza.

Na cidade de Aparecida ocorrerá a maior manifestação, que será feita junto com a Romaria dos Trabalhadores. No Recife, a concentração do desfile do Grito dos Excluídos acontece às 10h na Praça Osvaldo Cruz, no bairro da Boa Vista. A caminhada passa depois pela Avenida Conde da Boa Vista e seguirá até a Praça do Carmo, nas proximidades do Camelódromo, na área central da cidade.

Veja aqui reflexão do Frei Aloísio Fragoso sobre o Grito!

2 comentários:

  1. Há algo novo na política brasileira... e não vem das instituições. Será a "Primavera Árabe" chegando ao país?!

    Cerca de 25 mil pessoas, segundo cálculo do comando da Polícia Militar do Distrito Federal, participaram em Brasíia da Marcha contra a Corrupção na Esplanada dos Ministérios durante o desfile de comemoração do 7 de Setembro...

    Organizado por meio de redes sociais na internet, o protesto atacou a absolvição da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), o voto secreto no Congresso, os recentes escândalos de corrupção no governo da presidente Dilma Rousseff, a aplicação da Lei da Filha Limpa, e até o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira.

    Vestidos de preto e com narizes de palhaço, os manifestantes levaram instrumentos, faixas e cartazes com frases de protesto. Evitou-se o uso de referências partidárias.

    "Voto secreto, não, eu quero ver a cara do ladrão", era um dos gritos em referência à recente absolvição, em votação secreta, da deputada Jaqueline Roriz pelos colegas de Câmara. Ela sofreu processo por ser flagrada, num vídeo, recebendo dinheiro vivo do esquema de corrupção no DF. "A absolvição dela foi o estopim para essa marcha", disse o estudante Marcos Maia, 18, um dos organizadores do protesto.

    A rede social Facebook foi a principal ferramenta de convocação do protesto, lembrou Luciana Kalil, 30, da organização da manifestação. Vestida de preto, a aposentada Alzerina Salles Pereira, 66, celebrou a marcha. "Aqui no Brasil o dinheiro sobra para poucos, enquanto muitos passam fome", disse.

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  2. Blog do Jamildo JC

    Sob os gritos de "Pela vida grita a terra, e por direitos todos nós", aproximadamente 3 mil pessoas estiveram na manhã dessa quarta-feira (7) caminhando e reivindicando em nome dos excluídos do estado de Pernambuco. Eram representantes dos mais variados movimentos sociais, sindicais, estudantis, movimentos gays, movimentos de paróquias e associações de bairro, além das inúmeras pessoas que aproveitaram o feriado não para aplaudir, mas para questionar a "independência".

    A 17º edição do Grito dos Excluídos se concentrou na Praça Oswaldo Cruz e seguiu caminhando pela Conde da Boa Vista até a Praça do Carmo, no Centro do Recife.

    As revindicações, que não são poucas, iam desde uma folha de papel escrita "Fora Teixeira", contra o presidente da CBF, a discursos contra a construção de usinas nucleares no Brasil; pela limpeza do Rio Capibaribe; pela construção de ciclovias; pelo aumento do repasse de verba para educação e a convocação dos concursados estaduais. Temas como reforma agrária, diminuição de impostos, preservação do meio ambiente e melhoria na qualidade de vida dos brasileiros eram lembrados a todo momento.

    Sobre a variedade de bandeiras e o Grito como ato público comum de diferentes setores, um dos representantes do Movimento Sem Terra, Alexandre Conceição, esclareceu:

    "O Grito dos Excluídos serve, justamente, para relembrar a sociedade que precisamos de uma pátria realmente independente. Aqui nos juntamos em prol dessa causa maior, mas cada um também reivindicando suas próprias demandas políticas mais urgentes".

    Por falar em urgência, muito se comentou no Grito o fato de as revindicações serem praticamente as mesmas desde a sua primeira edição, o que pode significar a quase estagnação dos avanços sociais mais elementares.

    Porém, apesar do longo caminho a ser feito para a construção de uma sociedade mais igual e menos excludente, o presidente da CUT em Pernambuco, Sérgio Goiana, foi enfático:

    "O único caminho para que o nosso país seja transformado, é o povo na rua. E nós não vamos desistir, não há a possibilidade de nós desistirmos da luta!"

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