7 de dez. de 2009

HISTÓRIA DE JESUS RECRIADA NO TERREIRO


Temos alguns amigos "passando chuvas" no Rio de Janeiro (entre os quais, para nosso orgulho, a ex-estudante Franci, que faz tese de doutorado na PUC, sobre a teologia de Panikkar). Eles informaram que, como parte das comemorações do Dia da Consciência Negra, a ópera popular Alabê de Jerusalém fez apresentação única para o grande público, no último 21 de novembro, no Vivo Rio, no Parque do Flamengo. Alabê é uma megaprodução do cantor e compositor Altay Veloso, que interpretou o papel-título, ao lado de outros 68 artistas, entre atores, bailarinos e cantores.

O espetáculo estreou em 2005, em forma reduzida de concerto, no palco do Canecão, em Botafogo, com algumas das dezenas de estrelas da música, do teatro e da TV brasileira, que participaram gratuitamente da gravação da obra em DVD, entre elas, Fafá de Belém, Elba Ramalho, Alcione, Jorge Vercillo, Toni Marruda, Peri Ribeiro, Lenine e Bibi Ferreira.

Encomendamos então a caixa dessa ópera popular, em sua loja na internet, e ficamos encantados com o conteúdo dos dois discos e do livro, cujo romance religioso ensejou o espetáculo. O Alabê de Jerusalém traz uma mensagem macro-ecumênica contra a intolerância religiosa, o preconceito racial e tantas outras diferenças que ainda provocam conflitos entre a gente. É, ao mesmo tempo, a mais pungente obra de sincretização e/ou inculturação do evangelho cristão no universo afro-brasileiro.

Para contar sua história e transmitir os ensinamentos de fé e de amor, o Alabê (palavra que significa guardião dos tambores e dá título ao herói da história, apresentado como uma entidade espiritual) se manifesta, por algumas horas, num terreiro de umbanda, narrando o que se passou com ele há dois mil anos. Chamado de Ogundana, foi um jovem africano, que saiu de Daomé (atual Nigéria) aos 12 anos e seguiu por várias cidades da África. Até que, aos 20, chega às margens do Rio Nilo, quando se torna amigo de um centurião.

Lá, por conta de seu conhecimento sobre os poderes medicinais das ervas, aprendido com os sábios de sua tribo, passa a receber soldo do exército romano para cuidar dos doentes e feridos. Quando Pôncio Pilatos é designado governador da Judeia, Ogundana está com 25 anos e vai para Cesareia como terapeuta da tropa de Pilatos. Lá, conhece o grande amor de sua vida, uma linda mulher judia chamada Judith, irmã de Maria Madalena.

Certo dia, Judith o convida para acompanhá-la à Galileia. Na cidade, Ogundana conhece Jesus Cristo e se encanta com o Sermão da Montanha. Daí em diante, apaixonado pelos ensinamentos do Mestre, acompanha seus passos e, em Jerusalém, presencia a crucificação. Depois da morte de Jesus, Ogundana vai viver ao lado de Judith, próximo ao Mar da Galileia.

Para saber o final da história e apreciar a obra,
você pode também encomendar o material aqui.

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