14 de abr. de 2012

VIVER ENCLAUSURADO E SER LIVRE?!

A dica deste post é da amiga virtual Dôri Machado. Trata-se de um paradoxo: o cristianismo é uma religião de liberdade ("Foi para a liberdade que Cristo nos libertou", Gl 5,1), mas tem cristãos de diversas igrejas que optam pela maior dedicação à espiritualidade em clausuras de mosteiros, como nas antigas religiões orientais! E numa sociedade moderna e consumista como a brasileira, que oferece cada vez mais recursos para se vivenciar maiores prazeres na vida, como explicar que a procura pelos mosteiros de religiosos enclausurados começou a crescer depois do ano 2000? Para responder a questões assim a professora de sociologia Sílvia Fernandes, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), realizou uma "Pesquisa sobre Vida Religiosa Feminina: Novas Interpretações Frente à Modernidade Contemporânea". Seguindo suas pegadas, Daniela D'Ambrosio visitou três mosteiros (entre eles o famoso mosteiro masculino de São Bento de São Paulo, que hospedou o Papa e tem uma ala de gastronomia, inclusive "delivery", que "prende" qualquer um!) e escreveu um artigo interessante, no último dia 5, para o Jornal paulista Valor Econômico (por que esse assunto interessaria a empresários e economistas?!), onde descreve um estilo de vida "sem poréns"! Será?! Vamos ler e comentar...

A sala é pequena e escura. Em uma parede, uma foto bastante antiga do papa João Paulo II. Na outra, a imagem de Santa Teresa d'Ávila. A poucos metros da tumultuada avenida Jabaquara, na zona Sul de São Paulo, o silêncio se impõe. Aos poucos, passos se aproximam. A monja chega. Primeiro, abre uma janela sem frestas. Em seguida, puxa a cortina, de um tecido pesado e marrom. Duas barreiras depois, ela vê o mundo. De um modo peculiar e incômodo, a princípio, aos desavisados. Uma grade ainda separa as carmelitas do mundo externo. Grade de ferro de um quadriculado tão miúdo que, de perto, não dá chances de o interlocutor perceber os traços de um rosto generoso e de sorriso envergonhado. De longe, permite ver apenas uma silhueta coberta por um hábito. E impede que o contato físico vá além de um toque de dedos...

Continue lendo o artigo completo aqui.

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