2 de mar. de 2012

DANÇA DOS MACACOS



"Dance, Monkeys, Dance" é um viral adorado por agnósticos e darwinistas. O vídeo está sendo muito discutido em escolas da região, segundo a professora Maria do Carmo Arruda, que nos pediu subsídios pra saber como abordá-lo e problematizá-lo nas aulas de religião - vamos ajudar a colega?! Em verdade, há cerca de três anos esse material circula em várias versões pela internet e tornou famoso o escritor americano Ernest Cline (nascido em 1972), um roteirista e autor de "palavras faladas" que, neste simulacro de audiovisual educativo, defende uma filosofia naturalista da cultura e também da religião. Ao nosso ver, o vídeo faz eco a "O macaco nu", um livro de Desmond Morris publicado em 1967, que descreve a espécie humana através de uma perspectiva etologista, como um animal... O que é bem verdade - basta ler os jornais! - embora talvez não seja toda a verdade.

E então, o que você pensa: somos macacos que criam deuses... Ou criaturas do divino?! Haveria uma terceira possibilidade de interpretação desse paradoxo?

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2 comentários:

  1. kkk! Vou confessar uma coisa: nem precisa a gente ir pra ficção tipo Planeta dos Macacos... Outro dia eu fui lá em Dois Irmãos (o zoológico daqui) e numa certa altura saí correndo da frente da jaula do macaco, porque senti que ele tava me olhando que nem gente! E depois que o professor falou do site www.koko.org, onde tem gorila que escreve até livro, como também daquele livro A ilusão da alma... Então eu ando assustado com as pretensões antropocêntricas (e das religiões e também das ciências) da gente. Talvez não é que o ser humano não tenha um diferencial ou um sentido a mais, mas isso precisa ser repensado em bases mais humildes e solidárias, de acordo com as descobertas da ecologia e da biologia e pronto! Pronto não, há muito trabalho pela frente.
    Manoel Gomes

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  2. O viral, do ponto de vista ideológico é bem produzido. Porém, possui um reducionismo sem tamanho, admitindo a complexidade humana à um teoria evolucionista (nunca deixou de ser macaco) e naturalista (uma falsa harmonia), que não condiz muito com os dramas humanos. Porém, macaco não é humano, e já evoluíu o que tinha de evoluir. Cabe-nos não eliminar as teorias, mas adotá-las na contribuição que cada uma deve dar ao seu modo. Ciência e fé, não se eliminam, se complementam. Religiosidade é inerente ao humano, embora vivermos no tempo da de-singularização do sagrado. Um exemplo disso é, com o surgimento do simulacro (da realidade virtual) implicou a perda do elemento sagrado da representação, pois na ideia de representação, a ligação entre signo e realidade era garantida pela instância divina. Com o simulacro, o signo torna-se auto-referente, deixando de remeter ao real e, indiretamente, ao divino (Cf.BAUDRILLARD). Vivemos então, na era da religiosidade maquínica, do simulacro. Macaco ficou para trás. Ciência e fé vai longe, heim! kkk Abraço, Mariano.

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