13 de dez. de 2011

JORNADA DA JUVENTUDE E DISPUTA SIMBÓLICA



Qual é mesmo a relação entre meios de comunicação e religiões? Como deveria ser a legislação da nossa república sobre a concessão de jornais, emissoras de rádio e de tvs, para grupos culturais particulares - entre eles as igrejas? A comunicação pode se transformar em campo de disputa por representação simbólica e por espaço social entre os grupos religiosos? Várias perguntas assim têm surgido entre os estudiosos das religiões no Brasil, sobretudo diante de fatos provocativos através da mídia pública concedida a igrejas. Embora tenha afirmado que não aceita interferências religiosas na área do jornalismo, a TV Record (de Edir Macedo, da Igreja Universal), por exemplo, não deu notícia em setembro passado do último encontro mundial de jovens católicos na Espanha e não noticiou a informação de que em 2013 o Papa Bento XVI virá ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude. Mas o Jornal da Record do último dia 9 de dezembro mostrou uma versão bem negativa da preparação para esse evento, previsto para o Rio de Janeiro. O que você pensa: estamos diante de um ambiente cada vez mais saudável e crítico de livre imprensa, ou numa corrida das grandes corporações - inclusive religiosas - para dominar "mercados" através dos meios de comunicação?!

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3 comentários:

  1. Nenhum "evangélico" pode falar bem dessa jornada católica no Brasil, pois isso pode implicar em perda de fiéis e, consequentemente,em perda de dízimos e ofertas; o que seria um caos pra 'teologia da prosperidade'tão presente hoje entre as igrejas evangélicas.Expor opinião é direito assegurado pela constituição; utilizar-se dos meios de comunicação pra denegrir a imagem alheia é tentativa de manipulação de massa e, portanto, crime. Mas o que mais se poderia esperar da Record e do Edir??
    querer acreditar em ambiente cada vez mais saudável de livre imprensa é o mesmo que acreditar em papai noel. oh, oh, oh

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  2. Se o poder executivo dá dinheiro pra evento de uma igreja, tem que dar pra outra... Se o poder judiciário permite feriado e dia santo pra uma religião, tem que permitir pra outra (e também pros "dias santos" que os ateus inventarem)... Se o poder legislativo pendura um símbolo de uma crença em sua assembléia, porque não irá pendurar das outras? Se uma escola faz festa prum santo, terá de fazer pros de outras tradições... Estamos diante de uma nova realidade cultural, que exige discussão madura sobre o lugar das religiões e dos seus mitos/ritos//interditos na vida pública do país! Manoel Gonçalves.

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  3. O Estado pagar, financia vários tipos de eventos, marcha para Jesus, parada gay(este sem o dinheiro do Estado acontece) e quando se fala da Igreja católica aparece tantas controvérsias? O Deputado Edinno Fonseca é evangélico fundamentalista, aqui no Rio de Janeiro, ele representa o que há de reacionário, intolerante e desvirtuado na religião evangélica.

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